Apresento aqui um fragmento do texto "AVALIAR NA CIBERCULTURA"
Não é possível pensar em formação da autonomia dos estudantes com aulas estruturadas sobre um paradigma tradicional de ensino. Em muitas escolas, o aluno ainda passa mais tempo ouvindo explicações do que realizando estudos pessoais. O acompanhamento do trabalho ainda é superficial, ligado a instrumento de avaliação que muitas vezes funcionam como formas de pressão e controle. Os alunos não são orientados para a elaboração dos próprios planos de estudo interdisciplinares; assim, para eles a avaliação parece servir apenas para decretar promoções e reprovações.
Ao contrário disso, na cibercultura a nota pode deixar de existir. Ela corresponde a outra época do pensamento - da crença na objetividade, das correspondências lineares. O aluno sabe complemento nominal e adjunto, mas não reconhece um adjetivo: nota sete. Acertou doze em vinte questões: nota seis. Precisava de 0,5 para “passar de ano”; se é “esforçado” e obediente, será concedido. Alguém ainda lida bem com este paradigma? Ele já se mostrou ineficaz, fonte de injustiças e de contradições, retrato pouco fiel da realidade. A forma de superá-lo é envolver os estudantes na própria educação. Uma nova educação na qual o aluno perceba que ele é o principal interessado fazer render seu estudo e em verificar como pode aprimorar as estratégias de construção do saber.
Isso só será possível numa escola em que o aluno não estude “porque o pai mandou”, “para não ficar de recuperação”, ou “para sair logo”. Deverá ser uma escola com outras motivações, na qual estudar seja interessante, pesquisar seja algo inevitável para satisfazer as curiosidades despertadas, e aprender seja algo imprescindível na consciência de futuros cidadãos que desejam se aprimorar e colocar o conhecimento a serviço da comunidade.
Olá! Solange vc não colocou o meu blog na sua lista.
ResponderExcluirComo seria maravilhosa uma escola com essa postura, mas para que isto realmente aconteça, os professores primeiramente devem mudar o pensamento e adaptar a esse novo paradigma e deixar de lado o tradicional, aproveitar essa oportunidade de entrelaçar o interesse do aluno (tecnologia) com o aprendizado, com certeza terá bons rendimentos e o aprendizado irá ser concretizado e aplicado sem a necessidade da avaliação por avaliação, o aluno poderá ser avaliado posteriormente quando todos perceberam que formamos alunos ser mais criativos e críticos, pois são alunos assim que o nosso país precisa.
ResponderExcluirGostaria de aproveitar o momento e parabenizá-la pelo seu blog. Lindoooooooooo, prático e ativo. Muito interessante as sugestões.
ResponderExcluirEducar para a autonomia é realmente desafiador. Os recursos tecnológicos podem sim contribuir consideravelmente nesse processo. É importante considerar que o aluno é um sujeito em formação. Por isso, a função mediadora do professor é fundamental, independentemente do tipo de método utilizado. Já que o processo educativo envolve dois seres essenciais: o sujeito aluno e o sujeito professor.
ResponderExcluirO blog da professora Solange está realmente ótimo.
O texto realmente nos faz refletir sobre nossa prática e claro nos faz sonhar com esse dia, com essa escola, em que o aprender passe do necessário para o prazeroso. Esse aprender por aprender já é arcaico e deveria ficar esquecido, nossos alunos precisam saber o por quê querem aprender, e nós como educadores, devemos ser pontes entre o saber e o aluno.
ResponderExcluir"CIBERCULTURA"
ResponderExcluir"envolver os estudantes na própria educação."
Ideias essenciais e necessárias a serem aplicada com urgência em nossas escolas. Diria que a escola passaria a ser um lugar interessante para quem quer aprender. É isso que falta e que nós também somos responsáveis por essa falta, afinal somos nós os educadores desse século, somos nós que estamos enfrentando os desafios.